Você sabe flertar, mas trava quando alguém retribui?
- CLIO TAROTISTA Ana B. Moreno
- 8 de out.
- 2 min de leitura

Relações frias com a mãe na infância: como isso pode afetar seus flertes na vida adulta?
A forma como fomos cuidados (ou não) na infância, especialmente pela figura materna ou cuidador primário, influencia diretamente o modo como nos vinculamos afetivamente na vida adulta. Isso inclui nossos flertes, relações amorosas, desejo e até a maneira como nos sentimos diante da possibilidade de ser amados.
💔 Quando o afeto é frio desde cedo
Se a mãe foi emocionalmente indisponível, distante, crítica ou negligente — mesmo que estivesse fisicamente presente — a criança pode internalizar a ideia de que o amor não é algo disponível, confiável ou seguro.
Consequências possíveis:
Medo de se apegar: Como se amar fosse sempre arriscado.
Busca por validação constante: O flerte vira uma tentativa inconsciente de “provar” que é digno de amor.
Sedução sem entrega: A pessoa sabe seduzir, mas se retrai quando o outro se aproxima de verdade.
Escolhas afetivas que repetem a frieza: Inconscientemente, busca parceiros(as) indisponíveis, frios ou distantes — porque isso remete ao "amor" que conheceu na infância.
Dificuldade de sentir desejo com quem é afetuoso: Amor e desejo ficam separados.
🪞O flerte como espelho do vínculo primário
O flerte, na psicanálise, não é só um jogo de sedução. Ele pode ser a encenação de um drama mais antigo: o desejo de ser visto, amado, reconhecido — como se ainda tentássemos conquistar aquele olhar que nos faltou lá atrás.
Por isso, muitas vezes o flerte é intenso, mas vazio. Ou se torna angustiante, porque ativa feridas narcísicas profundas. Há medo da rejeição, da exposição, do abandono.
🔄 Repetição, mas com possibilidade de elaboração
A boa notícia é que esses padrões não são sentenças eternas. Na psicanálise, é possível perceber como essas marcas infantis ainda atuam hoje — e, a partir dessa escuta, criar outros modos de desejar, se relacionar, escolher.
A análise oferece um espaço onde se pode, enfim, ser escutado sem precisar seduzir, sem precisar se defender o tempo todo. Um lugar onde o sujeito pode existir como é — e não apenas como se apresenta para ser amado.




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